A história era simples: Passava-se no século XXV, em uma Terra destruída pela poluíção. O cenário era um deserto devastado e povoado por culturas primitivas. A Ark II era o último pólo de cultura, ciência e conhecimento que restou. A cada episódio seus pacíficos cientistas iam para uma nova aldeia ajudando os necessitados, combatendo a ignorância, preconceito e violência. A dinâmica do seriado se parecia muito com Jornada nas Estrelas clássica, porém em vez de se passar no espaço inexplorado acontecia aqui mesmo, em um planeta Terra pós-apocalíptico e, pode-se dizer, igualmente inexplorado.
Curioso como um programa de tv feito em um passado tão longíquo como 1976 já mostrava a preocupação com a poluição, o meio-ambiente e a destruição que o Homem vem causando ao planeta. A única outra mostra tão antiga dessa preocupação que eu me recorde apareceu na série japonesa Spectreman, de 1971.
Os cientistas tinham nomes bíblicos (coisa que na época em que eu assistia na TVS não tinha reparado): Jonah, Samuel, Ruth e Adam. Este último é um chimpanzé inteligente e falante! Outra coisa legal é que Ruth e Samuel ao contrário da maioria dos atores em seriados americanos, eram latinos.
Embora teve apenas 15 episódios produzidos, a série tinha uma produção boa. Entre os astros convidados estavam Jonathan Harris (o Dr Smith de Perdidos no Espaço), Helen Hunt (ainda criança) e o robô Robby (do filme Planeta Proibido, não confundir com o robô de Perdidos no Espaço).
O grande destaque da série ficava pela tecnologia dos cientistas, especialmente no que diz respeito aos seus meios de transporte. O mais interessante é que mesmo tendo um design bem legal, que em minha opinião é atraente até hoje, os veículos não eram peça de ficção, truque de filmagem, miniatura ou CGI (CGI? Huahuaua!). Eles existiam de verdade. Claro que na vida real não disparavam os lasers ou possuíam os campos de força vistos na série, mas os veículos eram reais e funcionais, o que fazia a gente sonhar em possuí-los ou ao menos dar uma voltinha rápida neles…
A Ark II parecia um RV (aqueles carros com um trailer integrados) e embora tenha esse visual estiloso foi construída com fibra de vidro a partir de um chassi de caminhão de lixo! Devido à posição das janelas, que dificultava um pouco a visão do motorista, não era muito seguro dirigí-lo à noite ou em meio a locais densamente provados. Muitos pensam que esse veículo foi feito pela mesma empresa que fez o LandMaster do filme pós-apocalíptico de 1977 Herança Nuclear (Damnation Alley), mas enquanto o Ark II foi feito pelo Grupo Brubaker, o Landmaster foi feito por Dean Jefferies. Eu sou fã dos dois veículos, claro.
O Roamer era um pequeno carro que saía de dentro do Ark II, algo como a nave auxiliar (shuttle) da Enterprise. Ele foi construído para o show modificando um Brubaker Box. Um o que? O Brubaker Box era um kit-carro produzido a partir de 1972 e feito a partir do chassis de um fusca. Tinha conceitos originais, como porta deslizante e foi o precursor da mini-van. Veja abaixo uma comparação do belo Roamer de Ark II e o original Brubaker Box. Para saber mais desse carrinho fora-de-série dos anos 70, visite o site Price of History.
Mas é claro que o veículo mais impressionante era o Jet Jumper, a mochila voadora. Na época eu imaginava que era um truque, mas descobri que ela realmente voava! Bem, hoje em dia isso não é segredo, já que ela foi vista na abertura da Olimpíada de Los Angeles e até em um desfile de escola de samba carioca na Marquês de Sapucaí. O único truque era que a mochila tinha uma autonomia real de vôo extremamente curta e por motivos de segurança, quem voava mesmo nunca era o ator. Saiba mais sobre as Jet Packs na wikipedia aqui e aqui.
Para Download copie o linque. SENHA. elzeta
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Bacana, pensei que ninguem mais lembra-se desse seriado!!
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